Carlos César Savastano de Toledo, o Cacai Toledo, continua foragido. Ele teve a prisão preventiva decretada no dia 16 de novembro.
Cacai trabalhou com Fábio na coordenação da campanha de Caiado em Anápolis. Em 2019 os dois se desentenderam, Escobar denunciou que Carlos Toledo havia desviado dinheiro doado por empresários para a campanha. Depois as denúncias foram de corrupção na Codego, onde Carlos Toledo era diretor. Fábio foi assassinado em uma emboscado em 2021.
O inquérito da Polícia Civil mostra também o nome do primo do governador, Jorge Caiado, em movimento para colocar policiais militares no ‘encalço de Escobar’. Ele teria inclusive montado uma ficha, dossiê, sobre Fábio.
O crime político terminou em chacina, pois outras 7 pessoas foram mortas para encobrir o assassinato de Fábio, entre as vítimas está uma mulher grávida de 7 meses. Dez policiais militares foram presos como executores. Seis tiveram a prisão preventiva mantida e três foram denunciados pelo Ministério Público.
A defesa de Cacai Toledo diz que o cliente está foragido porque tem medo de morrer na cadeia e pediu a federalização do caso, alegando que “há evidente proteção de terceiros nessa narrativa” e que Cacai Toledo está sendo usado como “bode expiatório”.
Se Cacai Toledo tem medo de morrer na cadeia como queima de arquivo e pede a federalização do caso ele sabe demais e pode encrencar a vida de gente graúda no governo.
A federalização neste caso poderia acontecer nas seguintes situações: violação dos direitos humanos, incapacidade de autoridades locais ou que o investigado tenha foro privilegiado.
Considerando que não há violação dos direitos humanos e que as autoridades locais estão trabalhando na investigação, Cacai Toledo aponta o dedo para quem tem foro privilegiado, que tem poder de autorizar a sua morte como queima de arquivo na cadeia.
Isto significa que ele não está disposto a ‘segurar cabra para malandro mamar’… aí o bicho pega.