A família de Fábio Escobar acredita que existe um grande escândalo político a ser desvendado no caso de sua morte. O pai da vítima, José Escobar, lembrou que os policiais que executaram seu filho estavam com R$ 11 milhões na conta bancária. “O Fábio descobriu um segredo, começou a denunciar e foi morto, levou o que sabia para o túmulo. Mas acredito que Deus vai iluminar nossos investigadores, procuradores de justiça e juízes que estão no caso”, disse.
José Escobar disse a coluna Giro do jornal O Popular, nesta terça-feira (5), que a família de Fábio não quer mais a federalização do caso, que passou a ser pedida pela defesa de Cacai Toledo, foragido, apontado como um dos mandantes.
O pai de Fábio Escobar acredita que existe um grande esquema de corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo os policiais executores, os mandantes e os autores intelectuais da chacina política, que brutalmente ceifou a vida de mais sete pessoas, entre elas uma mulher gravida de 7 meses, para encobrir o assassinato de Escobar, ex-coordenador da campanha de Caiado em Anápolis, que rompeu com o governo e passou a denunciar corrupção.
“Um mês antes de ser assassinado, o Fabinho esteve em minha casa e disse que estava com muito medo do Jorge Caiado e do Cacai Toledo, pois a polícia do Palácio estava perseguindo ele para matar. E assim fizeram. Cacai Toledo mente ao dizer que fez as pazes com o Fábio. Se tivesse feito, eles teriam gravado um vídeo juntos ou coisa parecida”, disse José Escobar.