Nesta quinta-feira (7), o presidente da Confederação Brasileira de Futebol, Ednaldo Rodrigues, foi deposto do cargo por decisão de desembargadores da 21ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, que determinaram que José Perdiz, presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), assuma a entidade até uma nova eleição, em até 30 dias. Rodrigues pode recorrer ao Superior Tribunal de Justiça.
Esta é a segunda vez em dois anos que a Justiça carioca intervém na presidência da CBF. Em junho de 2021, a mesma anulou a eleição de Rogério Caboclo, enquanto afastado do cargo por denúncias de assédio sexual e moral.
Em 2018, o MP-RJ havia apresentado uma ação contra a CBF, sob a avaliação de que o estatuto da entidade era ilegal, uma vez que não previa peso igualitário entre federações e clubes.
Uma crise interna levou ao afastamento de Rogério Caboclo do comando da confederação, em meio a denúncias de assédio sexual. Rodrigues, um dos vice-presidentes à época, assumiu interinamente e procedeu com a negociação do TAC com o MP.
A eleição de Caboclo foi anulada pela Justiça, um novo pleito convocado e Ednaldo Rodrigues foi eleito.
A oposição a Ednaldo Rodrigues tentou barrar a votação de 2022 sob o argumento de que o TAC, assinado por um presidente interino, continha vícios e referendava uma eleição que o levaria à presidência.
A 21ª Vara de Direito Privado analisou a legalidade Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), celebrado entre a CBF e o Ministério Público do Rio de Janeiro em março de 2022, que resultou na eleição de Ednaldo Rodrigues para presidente da entidade por um mandato de quatro anos, e decidiu por afastá-lo.