Nesta quinta-feira (14), a Procuradoria Regional Eleitoral do Paraná emitiu um parecer favorável à cassação do mandato do senador Sergio Moro (União Brasil). A decisão baseia-se na alegação de prática de abuso de poder econômico durante a pré-campanha eleitoral de 2022. O parecer é uma resposta às denúncias protocoladas pelo PL e pela Federação Brasil da Esperança (PT/PCdoB/PV).
Os procuradores Marcelo Godoy e Eloisa Helena Machado descartaram as acusações de uso indevido de comunicação social e de caixa dois. Entretanto, reconheceram o abuso de poder econômico devido ao gasto de pelo menos R$ 2 milhões durante a pré-campanha, proveniente de investimentos conjuntos do Podemos e da União Brasil.
O relatório destaca que o montante gasto na pré-campanha de Moro representa 110% da média dos investimentos realizados por todos os candidatos ao Senado no Paraná durante a campanha eleitoral.
O parecer recomenda a inelegibilidade de Moro e do suplente Luís Felipe Cunha, que esteve envolvido diretamente na pré-campanha. No caso do suplente Ricardo Guerra, a recomendação é apenas pela cassação da chapa completa.
Além disso, os procuradores sugerem a realização de novas eleições para o Senado no Paraná, caso a Justiça determine a cassação definitiva do mandato de Moro.
Foto: Pedro França/Agência Senado