O presidente eleito na Argentina, Javier Milei, prepara um plano para demitir cerca de 7.000 funcionários públicos até o dia 31 de dezembro.
O corte vai atingir toda a estrutura federal. A expectativa é de que o decreto seja assinado ainda nesta terça-feira (26).
Os trabalhadores dispensados não terão os contratos, que vencem dia 31 de dezembro, renovados. A medida já foi anunciada pelo ministro da Economia, Luis Caputo.
Após a demissão, o governo argentino deve iniciar uma auditoria para saber o tamanho do funcionalismo público.
Ao tomar posse, o presidente eleito anunciou em rede nacional a assinatura de um Decreto de Necessidade e Urgência (DNU) que modificará ou revogará 366 leis que regulam uma ampla variedade de atividades econômicas no país.
A decisão causou polêmica, pois de acordo com a Constituição, o DNU só pode ser utilizado em “circunstâncias excepcionais” em que o Congresso não consiga seguir os “procedimentos ordinários” para a promulgação de leis.
O “decretaço” de Milei enfrentou seus primeiros panelaços, a forma mais tradicional de protesto espontâneo que os argentinos utilizam para mostrar seu descontentamento. O presidente reagiu, colocando manifestações na clandestinidade.