Fábio Escobar, de 38 anos, foi morto com dois tiros em 23 de junho de 2021. Ele era um dos coordenadores municipais da campanha do governador Ronaldo Caiado (UB) em 2018 na cidade de Anápolis, e foi punido com a morte após romper com o governo e denunciar caixa dois durante o período eleitoral. Mais 7 pessoas foram assassinadas para encobrir o crime, entre elas uma mulher grávida de 7 meses.
O ex-presidente do DEM (UB) de Anápolis, Carlos César Savastano [Cacai] Toledo procurou Jorge Caiado, primo do governador, para conseguir ajuda em uma espécie de punição contra Fábio. O fato é que dez policiais foram presos como executores da chacina política e Cacai Toledo encontra-se foragido.
Antes disso porém, um grupo de empresários enviou um suborno de R$ 150 mil reais para Fábio ficar calado, mas em seguida ele devolveu o dinheiro.
Seguir o rastro desse dinheiro pode nos levar aos demais autores intelectuais do crime, que ajudaram Cacai na empreitada.
Um fato interessante: meses antes de ser morto, Fábio Escobar concedeu uma entrevista ao G24H e revelou que um desses empresários tinha falsificado sua assinatura em um falso documento de empréstimo. Aliás, essa não foi a primeira falsificação nessa história, já que providenciaram dentro da Segurança Pública de Goiás uma ficha criminal de Fábio como traficante de drogas, o que casou com a chacina das outras 7 vítimas em uma narrativa que não funcionou.
Temos novas pistas sobre o grupo de empresários. Dois deles são amigos de infância e o outro é evangélico. Eles atuam nos ramos: imobiliário, empréstimo de dinheiro e alimentos.
Os três doaram dinheiro para a campanha de Caiado e também enviaram os R$ 150 mil para comprar o silêncio de Fábio Escobar. Em breve voltaremos com novas informações.
