O ex-deputado estadual Fred Rodrigues (DC) perdeu o mandato nesta semana. Vai tarde. Muito tarde. Baixo clero, o ex-parlamentar se agarrou a política medíocre negativista e declarou guerra a missão que deveria desempenhar: fiscalizar as contas públicas, criar pautas inteligentes e projetos que pudessem beneficiar os pagadores de impostos do Estado de Goiás.
Este artigo cumpre seu papel ao reclamar de um cidadão que se aliou ao deputado federal Gustavo Gayer para distorcer uma obra de arte e covardemente atacar uma professora de uma escola particular em Aparecida de Goiânia, por postar uma foto vestindo uma camiseta com a frase “Seja Marginal, Seja Herói”, uma reprodução da obra de 1968 do artista Hélio Oiticica. Um “símbolo de opressão social sobre aquele que é ‘marginal’ — marginal a tudo nessa sociedade.
O Colégio Expressão demitiu a professora. Mas isso ficou entalado na garganta. Não foi justo.
Fred Rodrigues nunca sacou de política. É da turma do ‘Juninho’ da TBC. A única coisa que fez para se eleger foi encher um saco de ‘badulaques’ e sair mascateando o bolsonarismo acima de Deus, da Pátria e da Família. Conseguiu arranjar um bocado de votos, mas teve problemas na prestação de contas e por isso foi sacado da Assembleia Legislativa. Fred é carta fora do baralho.
Ficou um ano. Não apresentou um projeto relevante para ajudar os mais pobres. Não pensou em propostas para construir hospitais, postos de saúde, creches, não fugiu à cumplicidade com a miséria. Sua maior proposta foi tentar proibir mudança de sexo em adolescentes, como se este fosse um problema em Goiás. Político cheio de vento, nada mais.
Quem sabe agora aprende que não adianta falar em democracia sem socorrer os famintos, ajudar os enfermos e salvar as crianças da ignorância. Teve chance de lutar por tantas coisas, mas preferiu perseguir quem não concordava com sua ideologia.
Vai tarde Fred Rodrigues. Vai tarde.
Cristiano Silva
Editor
