sábado , 24 maio 2025
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Empresários do União Brasil, presos por corrupção na Bahia, foram bancados por Caiado na Secretaria de Administração. Suspeitos levaram muito dinheiro dos cofres públicos de Goiás

• Contrato suspeito

Em junho de 2020, o governo de Ronaldo Caiado firmou contrato com a Larclean, empresa hoje no centro da Operação Overclean, deflagrada pela Polícia Federal como o maior escândalo de corrupção de 2025.

O contrato, celebrado pela Secretaria de Estado da Administração (SEAD), previa serviços de desinsetização e controle de pragas. Não sabemos se o serviço foi executado, pois os suspeitos são acusados exatamente pelo esquema de receberem dinheiro público sem prestação de serviços.

A assinatura do documento foi feita por Bruno Magalhães D’Abadia, então titular da pasta. Do lado da Larclean, quem firmou o acordo foi Fábio Rezende Parente.

• Ligação criminosa

Fábio é apontado pela PF como executor financeiro de uma organização criminosa liderada por seu irmão, Alex Rezende Parente, operador político e empresarial com ligações diretas com Marcos Moura, o “Rei do Lixo”, preso na Bahia.

Todos são ligados a ACM Neto, fiador da candidatura de Caiado à presidência. A PF descreve a estrutura como “sofisticada e hierarquicamente organizada”, com atuação em fraudes em licitações e lavagem de dinheiro, utilizando contratos públicos como mecanismo de desvio.

• Cúpula investigada

Além da Larclean, Fábio também figura como sócio das empresas Allpha Pavimentações, FAP Participações LTDA. e Rezende Serviços Administrativos LTDA., todas citadas nas investigações.

Ele é suspeito de operar o núcleo financeiro do esquema, efetuando pagamentos de propina e ocultando patrimônio por meio de empresas fantasmas como a Bra Teles Ltda. Parte dos contratos firmados com o poder público teriam sido viabilizados por emendas parlamentares manipuladas.

• Caiado na Bahia

Enquanto a Polícia Federal avança sobre o grupo criminoso com raízes profundas na Bahia, Ronaldo Caiado escolheu justamente esse estado para lançar sua candidatura à presidência.

Os irmãos Parente, que chegaram a ser presos, assinaram contrato direto com a Secretaria de Estado da Administração (SEAD) de Goiás — um elo que não pode passar despercebido.

A Polícia Federal precisa apurar com rigor essa ligação direta entre o governo Caiado e o núcleo financeiro da organização criminosa. O enredo é digno de uma série do tipo CSI: contratos públicos, lavagem de dinheiro, empresas de fachada, operadores políticos e um governador no centro do tabuleiro.

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