• Erro administrativo
A Assembleia Legislativa de Goiás suspendeu nesta quinta-feira (22) a tramitação do decreto que prorrogaria o estado de calamidade financeira em Goiânia. A medida foi tomada após a vereadora Aava Santiago (PSDB) acionar o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), e após o deputado Mauro Rubem questionar a validade do pedido, já que o decreto vigente tem validade até 31 de dezembro, conforme publicado no Diário Oficial do Município.
A apuração exclusiva do G24H revelou detalhes que pressionaram a suspensão da proposta na Alego. Na Câmara Municipal, o jornalista Carlos Eduardo Prado acompanhou de perto os desdobramentos do pedido de calamidade, enquanto o repórter André Isac, em cobertura na Assembleia, identificou uma inconsistência crucial: o Diário Oficial do Município já previa a vigência do decreto até 31 de dezembro.
A descoberta levou o presidente Bruno Peixoto a recuar, diante do questionamento feito pelo deputado Mauro Rubem, que apontou possível erro administrativo e cobrou explicações públicas.
• Gastos milionários
Durante os debates na Câmara, Aava Santiago também denunciou despesas elevadas da Prefeitura com eventos, citando mais de R$ 7 milhões em contratos para shows na Pecuária de Goiânia, realizados sem processo licitatório. As críticas se somam a apurações do Ministério Público de Goiás sobre possíveis irregularidades na condução das finanças da capital.
• Superávit registrado
Apesar do pedido de calamidade, dados oficiais da própria Prefeitura apontam um superávit primário superior a R$ 638 milhões nos dois primeiros meses de 2025 — crescimento de mais de 70% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Com a suspensão da tramitação, o decreto será analisado pelo TCM antes de eventual novo envio à Alego.