• Monitoramento ilegal
A Polícia Federal deflagrou a quarta fase da Operação Última Milha, visando desarticular uma organização criminosa acusada de monitorar ilegalmente autoridades dos Três Poderes.
Mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão foram cumpridos nas cidades de Brasília, Curitiba, Juiz de Fora, Salvador e São Paulo, com autorização do Supremo Tribunal Federal.
• Espionagem Digital
Segundo a corporação, o grupo operava com acesso não autorizado a computadores, celulares e sistemas de telecomunicação, utilizando ferramentas da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para invadir aparelhos e criar perfis falsos.
A PF afirma que também houve disseminação de informações sabidamente falsas com potencial para afetar a estabilidade institucional.
• Organização criminosa
Os investigados podem responder por crimes como organização criminosa, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, interceptação clandestina de comunicações e invasão de dispositivos eletrônicos. A primeira fase da operação revelou o uso indevido de software de geolocalização contratado com recursos públicos e empregado sem autorização judicial por servidores da Abin.
• Comando C4
Cinco integrantes do Comando C4 — sigla para Comando de Caça a Comunistas, Corruptos e Criminosos — formado por civis e militares, cobrava até R$ 250 mil para monitorar e matar autoridades. Usavam disfarces como perucas e bigodes falsos, além de drones. A tabela previa R$ 150 mil por senador e R$ 100 mil por deputado.