A materialização da candidatura do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, à Presidência da República, inviabilizou a permanência de Júnior Friboi no PSB – partido pelo qual ele pretendia disputar o Governo de Goiás em 2014.
É repetitivo, mas vale a pena lembrar: Júnior Friboi e seus dois irmãos – Joesley e Wesley (ainda há duas irmãs) – são donos do JBS, que recebeu bilhões em crédito subsidiado do BNDES, durante os governos do PT, para criar a maior multinacional de carnes do mundo.
Pertencer a um partido, o PSB, que terá um candidato contra a reeleição da presidente Dilma Rousseff, portanto, é inviável para Júnior Friboi. E, na medida em que Campos intensifica a sua postulação, a presença do irmão Júnior no PSB fica cada vez mais incômoda para os capos do JBS, Joesley e Wesley.
O que se pode inferir dessa nova realidade é que o trêfego Júnior Friboi precisa urgentemente deixar o PSB, antes de começar a criar problemas para os irmãos. Mas ele, bancando o esperto, tenta aplicar o golpe do “Joãozinho sem braço” no PMDB, buscando se apresentar como um trunfo e levando o partido a acolher a sua filiação – e supostamente levando junto o seu poderio financeiro – em troca da garantia de ser o candidato da legenda a governador, em 2014.
Em resumo: Júnior Friboi precisa sair, e logo, do PSB. E, como é ele quem precisa, logo não tem condições de impor nada a partido algum, muito menos a um partido controlado por uma das raposas mais velhas da política brasileira, Iris Rezende.