A suspensão da greve dos servidores da Educação municipal devolveu aos vereadores o plenário da Câmara. Nos últimos 13 dias, ele esteve ocupado por professores, cruzes de papel com o nome do Sintego e cartazes contra o prefeito Paulo Garcia (PT) e a secretária de Educação, Neyde Aparecida.
A pergunta que se faz é: que falta fez a Câmara nessas quase duas semanas de ocupação? Goiânia sofreu prejuízos?
Infelizmente ou felizmente, descobrimos que os vereadores são altamente dispensáveis na vida da cidade.
A Capital passou muito bem sem as homenagens distribuídas a granel por Carlos Soares (PT), irmão de Delúbio, ou pelas menções honrosas de Tayrone di Martino (PT) e Cida Garcêz (SDD) que volta e meia interrompem as sessões.
Goiânia continuou a mesma nos 13 dias em que Clécio Alves (PMDB) foi privado de exercer a presidência da Câmara em sua plenitude.
E assim ficaria por muitos outros dias sem as intervenções estapafúrdias da líder do governo municipal na Casa, Célia Valadão (PMDB) ou o puxassaquismo desmedido de Mizair Lemes Jr. (PMDB).
A greve, se pensarmos bem, tem um amplo caráter didático. Ela ensinou, dessa vez, que podemos viver com bem menos vereadores. Bem menos escândalos.