Em duas longas entrevistas – ao semanário A Rede e ao Diário da Manhã – o deputado federal Ronaldo Caiado insiste em garantir que será candidato a governador em 2014.
Caiado tem o partido político necessário para registrar uma candidatura – no caso, o DEM. Mas é um partido esvaziado em Goiás, sem bases expressivas, hoje pouco mais que uma legenda nanica. Entre os seus poucos membros – como, por exemplo, os deputados estaduais Helio de Sousa e José Vitti –, a maioria prefere apoiar a reeleição do governador Marconi Perillo.
Fora o enfraquecido DEM, a candidatura de Ronaldo Caiado não tem mais nenhum suporte. Não há partidos aliados, não existe estrutura de campanha, nada. O deputado não tem sequer uma assessoria em condições de preparar um plano de governo para Goiás, pelo menos um digno desse nome.
Ele argumenta que tem um pré-acordo com o empresário socialista Vanderlan Cardoso (PSB). Mas, Vanderlan também é candidato a governador e foi para o PSB justamente para garantir que nada atrapalhará o seu desejo, pois ele recebeu o partido de porteira fechada, como manda-chuva total. Com o PSB, portanto, não vai sair aliança.
O que resta a Caiado? Só o DEM mesmo. Para uma candidatura majoritária, é muito pouco. Ainda mais para alguém que não tem perfil agregador e é portador de um discurso muito agressivo, que gera arestas continuamente.