terça-feira , 26 novembro 2024
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Por trás da foto feliz: ódio, traição com gays e violência marcaram o novo interrogatório da viúva do dono de cartório assassinado

Em novo interrogatório, Alyssa Martins de Carvalho, 32 anos, suspeita de ser a mandante do crime confirmou que encomendou morte do marido por R$ 100 mil em Rubiataba/GO. A notícia é do site Metrópoles, que teve acesso ao novo interrogatório.
A viúva disse que, há três anos, passou a ter vontade de matar Luiz Fernando Alves Chaves, de 40. Ela afirmou que, na época, estava grávida da caçula e descobriu supostas traições dele com gays. Ela afirmou que passou a ser ameaçada de morte por querer acabar com o casamento. Alyssa contou, também, que Luiz Fernando chegou a agredi-la e disse que ela não ficaria mais com os filhos, se eles terminassem o relacionamento. Ela disse que não denunciou o esposo porque tinha receio de prejudicá-lo, o que também poderia refletir nas finanças do casal.
No ano seguinte, de acordo com o interrogatório, o casal viajou para os Estados Unidos e ele propôs que ambos passassem a ter relacionamento aberto “tanto com homens quanto com mulheres”.
Alyssa contou que, em julho de 2021, passou a se relacionar com a comerciante Ana Claudia da Silva Rosa, de 33, que também foi presa, inicialmente apenas como amizade. “Por volta de outubro, as duas começaram a se relacionar sexualmente”, afirma outro trecho do interrogatório.
“Ana Claudia disse que iria organizar tudo e que a interroganda [Alyssa] não saberia de nada. Entre o dia 5 de dezembro e o dia 10 de dezembro, tal intento foi arquitetado pela Ana Claudia”, relata outro trecho do interrogatório.
Nos dias seguintes, conforme o inquérito, as duas se encontraram com Luzimar Francisco Neves, que é citado pela investigação como “Chefe” e investigado por supostamente iniciar a rede de contatos da associação criminosa, a mando da viúva, com intermediação da amante dela. Ele está foragido.
A viúva contou à polícia que, na época, tinha R$ 50 mil guardados em casa, “na gaveta de calcinha e em uma caixinha azul que ficava dentro do guarda-roupa. Ela também disse que tentou fazer empréstimo para conseguir o restante do valor, mas sem êxito. “Os outros R$ 50 mil a Ana Claudia se encarregou de arrumar”, acrescenta o interrogatório.
Alyssa disse que entregou a metade do valor do serviço à amante, e, conforme relatou, o pagamento do restante seria realizado após a execução do crime. De acordo com o interrogatório, Ana Claudia disse que venderia uma camionete SW-4 dela para completar o dinheiro.
Alyssa disse que a situação ficou ainda mais insustentável e “não aguentava mais a presença dele”. Por isso, conforme acrescentou, no dia 27 de dezembro, encontrou-se com Ana Claudia, a quem entregou dois controles do portão e a chave da porta da sala da residência.
No dia seguinte, perto do horário combinado para o crime, Alyssa foi para a igreja com os três filhos e o marido dela, Luiz Fernando, foi levado para um canavial, em Rubiataba, onde foi morto a tiros.