Encurralado por jornalistas na posse dos novos dirigentes da Defensoria Pública, nesta terça-feira (31), Caiado (UB) tentou, mas não conseguiu explicar o uso com desvio de finalidade do jato de luxo cedido ao Estado pela justiça federal para transporte de órgãos de pacientes enfermos na área da saúde, e na verdade foi usado como brinquedo da família do governador e dele próprio.
A emenda saiu pior do que o soneto, “pasmem”, num gesto personalista, Caiado afirmou que o jato é dele e não do Estado: “eu não tenho minhas aeronaves pra mim, elas servem a todo mundo”, disse o mais vaidoso de todos os governadores da história de Goiás.
Primeiro, nenhum avião do Estado pertence ao senhor Ronaldo Caiado. Essa declaração por si só é uma afronta ao Ministério Público. Caiado realiza um governo sem transparência nenhuma como determina a lei, zombando da cara dos promotores de justiça e das autoridades. Abusado. Para se ter ideia, ele demorou um ano e meio para atender a solicitação do MP e cumprir a Lei de Acesso a Informação sobre a real finalidade do avião.
Engraçado, se fosse um pau velho, teco-teco, Caiado não chamaria de seu e também não tiraria da saúde para uso particular, inclusive eleitoreiro.
Uma fonte da Casa Militar que pediu para não se identificar, informa que os voos de 2022 são a verdadeira caixa preta e segundo ele é de “tirar o pica-pau do ôco”.