Os executivos da BYD Brasil descobriram que a “roda” dos ônibus elétricos não vai girar sem uma presença mais forte dos governos. Por isso incluíram em seus quadros o ‘conselheiro’ Alexandre Baldy, para abrir portas e fechar negócios. O que não foi difícil de fazer no governo Caiado, já que o seu próprio irmão, Joel Braga (vulgo Joelzinho do Baldy) é secretário de Indústria e Comércio.
Nas páginas policiais essa prática dos ‘irmãos Baldy’, com total participação do próprio governador Ronaldo Caiado (UB), se chama “Tráfico de Influência”. Mas existe outro crime nessa história, que deve ser apurado pelo Ministério Público de Goiás.
No dia 14 de fevereiro de 2022 o portal da Globo destinado ao meio ambiente mostrou uma reportagem na página ‘Um Só Planeta’ sobre os ônibus elétricos da BYD do Brasil, gigante chinesa líder no ramo na América Latina, vendidos cada um por R$ 2 milhões de reais. Caiado quer alugar 114 ônibus por R$ 1,5 bi.
Conta rápida: a frota que Caiado quer alugar por um valor bilionário vale aproximadamente R$ 230 milhões, ou seja, esse dinheiro da locação daria para adquirir 650 ônibus novos da mesma BYD. Como explicar isso? Simples: Negócios do Baldy.
Baldy e a BYD no Currículo
Alexandre Baldy fez questão de publicar em seu currículo no linkedin, na categoria ‘experiência’ o cargo de ‘Special Advisor da BYD’.
Há duas semanas o deputado federal Adriano Avelar (PP), divulgou em sua página no Instagram uma audiência do Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin (PSB) com o presidente da BYD Brasil, Tyler Li e o Conselheiro da BYD Brasil, Alexandre Baldy.
Na Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos de São Paulo, durante o governo João Dória, Baldy expandiu seu ‘relacionamento’ com a BYD, que foi responsável pela instalação de 14 trens e o sistema de controle e sinalização nas linhas do metrô.
Nessa mesma época Alexandre Baldy foi preso pela Polícia Federal na Operação Dardanários, que apurava desvios de dinheiro público na saúde em uma maracutaia de quando ele foi ministro das Cidades do ex-presidente Michel Temer (MDB).
