O Governo Caiado terá que explicar a falta de funcionamento do Credeq em Goianésia. Isso porque o Ministério Público (MP-GO) instaurou inquérito civil público para apurar a destinação do prédio, que tem como função principal atender pacientes com dependência química. O local foi idealizado na gestão do ex-governador Marconi Perillo e inaugurado em 2018.
Apesar de cumprir papel social relevante, os atendimentos na unidade de Goianésia, assim como em várias outras pelo estado, não foram iniciados por pura vaidade política do governador Ronaldo Caiado e do ex-prefeito e atual deputado estadual Renato de Castro, que tentou transformar o Credeq em uma super delegacia de Goianésia.
Em até 10 dias, o Conselho Municipal de Saúde terá de enviar informações sobre o Credeq, tais como atas de audiências, contratos, processos licitatórios e outros.
De acordo com levantamento do promotor de Justiça, Tommaso Leonardi, o prédio do Credeq de Goianésia, apesar de ter sido inaugurado em março de 2018, nunca iniciou o atendimento à população. Para ele, a situação pode indicar a tredestinação (quando o ente público não utiliza o bem para a finalidade inicialmente proposta), podendo a medida ser lícita ou ilícita – neste último caso, quando o uso não tem finalidade de interesse público.
O deputado estadual Renato de Castro (UB) é contra o funcionamento do Credeq e pediu ao governador para transformar o prédio em uma delegacia de polícia. Claro, não vai dar certo.
Em abril, ao menos 180 pacientes aguardavam fazer tratamento contra a dependência química no local, mas não conseguiram atendimento por pura irresponsabilidade e disputa política infantil, que não leva em consideração as necessidades do povo.
Os Credeqs foram criados após uma sugestão do cantor Zezé di Camargo, que pediu ao Governo de Goiás, sob a gestão de Marconi Perillo, que criasse um local de apoio para ajudar as famílias pobres com dependentes químicos. Por birra política, Caiado que não tem nenhuma obra tenta destruir tudo aquilo que Marconi construiu. Um absurdo.
