terça-feira , 16 julho 2024
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De 37 países o Brasil é o segundo com maior número de jovens que não querem trabalhar, nem estudar. Especialistas estudam para enfrentar o problema

Agência Brasil – Se seu filho estiver gastando 80% do tempo no computador, não se assuste, este problema não é exclusividade. O Brasil é o segundo país, de 37, com maior número de jovens que vivem no ‘nem’, “nem trabalham, nem estudam”. O que fazer?

Os jovens brasileiros estão em desalento, e é preciso ouvi-los para construir soluções. A análise é da pesquisadora Mônica Peregrino, da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), especialista em juventude, mas também está na voz de lideranças juvenis que alertam para o desperdício de talentos, da força e da energia dos jovens.

É muito importante que os pais participem da vida dos filhos nas horas de folga. Que desliguem um pouco os aparelhos eletrônicos e programem atividades juntos, para conversarem abertamente, como amigos. Por isso, o celular e o computador devem descansar.

“Existe um movimento em busca de integração, mas existe um desalento juvenil, um cansaço, uma falta de horizonte, estes últimos anos cobram seu preço, e os efeitos disso é que há muito mais dificuldades desses jovens para se integrarem às possibilidades plenas da sociedade”, considera a professora.

Para desenvolver ações eficazes, segundo ela, é preciso ouvir os jovens. “Temos que ouvir os jovens e as suas necessidades específicas. Por exemplo, muitas mulheres jovens têm dificuldades de estudar porque não têm com quem deixar suas crianças, então precisamos de creches ou espaços que possam comportar os cuidados dos filhos dessas mulheres, seria um elemento importante.”

Ações de incentivo e estímulo ao aprendizado também podem ter bons resultados, opina Mônica Peregrino. “Ter uma política de reavivamento de ensino de jovens e adultos seria outro elemento importante, porque essas pessoas que estão à beira da sociedade entram nesses espaços pelas instituições que conseguem compor as beiradas. São necessárias políticas de suporte para a educação, para o trabalho e de suporte à composição entre estudo e trabalho, principalmente que garantam que o jovem vai poder estudar e trabalhar ao mesmo tempo.”

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