sábado , 23 novembro 2024
Opinião

Família acusa campanha eleitoral de Caiado pelo assassinato de Fábio Escobar. Governador tem que explicar

“Aqui se faz, aqui se paga. Quem mandou matar meu filho vai responder mais cedo ou mais tarde”, com essas palavras, José Escobar nos contou sobre a luta por justiça que vem travando há 3 anos contra um verdadeiro exército. Gente da milícia, que se aparelhou dentro da polícia de Goiás, e que mata por dinheiro e poder.

Na última terça-feira (19) a “Operação Tesarac” prendeu policiais militares, suspeitos pela morte de Fábio Escobar, o filho de do senhor José.

Conforme denúncia do Ministério Público, eles mataram mais 7 pessoas para construir uma narrativa sobre o assassinato.

Os policiais militares envolvidos nos assassinatos, roubaram um telefone de uma das vítimas para atrair Fábio Escobar, em um negócio de oportunidade. Depois, criaram um falso cenário de guerra entre traficantes, mataram a dona do celular roubado e amigos dela, plantaram uma arma de fogo na cena do crime e esperaram para ver. Eles só não contavam com um detalhe: antes de ser morta, a dona do celular registrou um boletim de ocorrência contra o policial que roubou seu aparelho.

Os milicianos presos neste caso possuem movimentações bancárias milionária, incompatíveis com seus salários.

Mas quem pagaria pela morte de Fábio Escobar? Por que?

A família suspeita que este seja um crime político. O pai de Fábio Escobar, concedeu uma entrevista exclusiva ao Goias24horas há um ano e acusou a campanha eleitoral de Ronaldo Caiado pelo assassinato de seu filho. Dentro da PM existem coronéis que confirmaram a versão publicamente.

Fábio é ex-coordenador em Anápolis da campanha eleitoral de Caiado ao governo em 2018. Foi no Goiás24horas, em entrevista comigo, que ele revelou um esquema de corrupção encobertado pelo próprio Caiado. Antes de ser covardemente assassinado, Escobar gravou um vídeo pedindo ao governador que não o matasse.

Caiado está em silêncio. Não diz nada. Um político que se gaba dos feitos de ‘sua polícia’, está acuado diante das digitais de ‘sua polícia’ na morte de um ex-correligionário que o acusou de corrupção.

Cristiano Silva
Editor

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