Trabalhadores indígenas foram resgatados em uma fazenda no Mato Grosso do Sul em condições análogas a escravidão. Após uma ação da Superintendência Regional do Ministério do Trabalho e pela Polícia Militar Ambiental, 7 pessoas, entre elas uma criança e um adolescente foram encontradas em condições degradantes.
Os indígenas trabalhavam em uma lavoura de milho fazendo a colheita manual. Segundo a fiscalização, os trabalhadores estavam alojados em um pequeno galpão onde não havia janelas.
No lugar, as vítimas cozinhavam, e dormiam em tábuas, papelão ou palha. Para se aquecer, os indígenas usavam sacos de embalagens de produtos da fazenda e algumas cobertas.
Sem local onde pudessem fazer as necessidades fisiológicas, os trabalhadores usavam as regiões de mata próximas a fazenda.
O empregador identificado como Virgílio Mettifogo, é um dos réus de um atentado conhecido como Massacre de Caaropó, onde um indígena foi morto e outros 6, da mesma comunidade das vítimas resgatadas, ficaram feridos.
O Ministério Público Federal denunciou Virgílio e outros quatro fazendeiros pelo massacre em 2016. Os suspeitos ficaram presos por um tempo e depois foram soltos para responder em liberdade por formação de milícia armada, homicídio qualificado, tentativa de homicídio qualificado, dano qualificado e constrangimento ilegal.
Foto: Inspeção do Trabalho