Veja matéria publicada no Jornal Opção
Denúncias de assédio moral teriam motivado o vereador Elias Vaz (PSB) a fazer uma requerimento para a saída de Fernando Contart da direção da Secretaria Municipal de Obras (Semob). No plenário da Câmara Municipal de Goiânia na manhã desta terça-feira (15/4) o vereador acusou o diretor de realizar assédio moral. Logo em seguida, o presidente da Casa, Clécio Alves (PMDB), afirmou que além de assédio moral sabe de um caso de assédio sexual feito pelo diretor da Semob contra uma estagiária. “Eu disse ao Fernando palavras que não posso adjetivar aqui, mas se precisar eu vou no cartório, escrevo e assino embaixo”, disse Clécio.
De acordo com o presidente, o assédio moral foi contra sua sobrinha que é estagiária na secretaria municipal. Clécio afirma que a jovem sofreu assédio moral por diversas vezes, até que na última saiu da secretaria “em prantos”, segundo o parlamentar, tendo que ser buscada pela mãe. “Sei de um assédio sexual que ele cometeu contra uma outra estagiária anos atrás”, e completou: “É um pessoa extremamente problemática. Inclusive sei também que a filha dele não fala com ele por problemas muito sérios.”
Clécio disse acreditar que o prefeito Paulo Garcia (PT) irá tomar providências quanto ao caso. “Se eu fosse o prefeito não tinha deixado ele nem ser nomeado.” O vereador Elias Vaz afirmou que irá fazer um requerimento pedindo a saída de Contart da direção da Semob, mas não vai pedir sua exoneração da prefeitura.
Ao Jornal Opção Online, o diretor disse estar “tranquilo” com relação às acusações. “Quem não deve, não teme”, ponderou. Ele afirmou realizar dentro da Semob um trabalho integralmente dentro da legalidade e do que é exigido pelo poder Executivo.
No seu ponto de vista, as denúncias são fruto de um processo de rigorosidade que estava aplicando em sua diretoria na Semob, o que acabou deixando descontentes alguns colegas descontentes. Ele relatou que na secretaria alguns funcionários e, especialmente, alguns estagiários estariam sem cumprir os horários determinados e quis dar um basta à essa situação.
No entanto, acabou havendo problemas com uma estagiária que não estaria aceitando as mudanças, a sobrinha de Clécio. De acordo com Contart, por conta dessa estudante o vereador entrou em contato com ele e o teria desacatado. Contart nega que tenha assediado moralmente ou sexualmente qualquer pessoa, especialmente dentro da secretaria.
O diretor e Clécio Alves já teriam um problema anos atrás em decorrência, justamente, do “protecionismo” do legislador, que queria “proteger quem não trabalha”. Da mesma forma, Contart diz ter problemas antigos com Elias Vaz, que estaria guardando rancor desde então. As denúncias seriam uma forma de “vingança” prquestrada pelos dois vereadores para desmoralizá-lo.
