A cobertura das manifestações de rua em São Paulo, que também enfrenta a insatisfação contra o aumento da tarifa do transporte coletivo, está sendo realizada pelos jornais Folha de S. Paulo e Estado de S. Paulo de olho no número exato de participantes.
A Folha e o Estadão, a cada protesto, ouvem a Polícia Militar e os demais envolvidos, como a Prefeitura paulista e os próprios manifestantes, para estabelecer a verdade sobre o número real de pessoas presentes em cada ato.
Sobre o protesto desta terça-feira, por exemplo, a Folha afirma – em sua primeira página – que a PM calculou em mais de 5 mil o número de manifestantes, mas observa que a Prefeitura contou um número bem menor, 2.500 ativistas.
Já o Estadão, também na primeira página, divulgou que a PM estimou em mais de 12 mil o total de pessoas presentes.
Os dados, obviamente, são divergentes e até embutem o interesse de cada segmento ouvido, mas revelam um esforço jornalístico correto em busca da dimensão real dos acontecimentos.
Em Goiânia, os diários O Popular, O Hoje e Diário da Manhã publicam matérias sobre manifestações sem se preocupar em estabelecer o real número de participantes. Às vezes, um evento onde 10 pessoas se reúnem é apresentado como expressão de uma instituição, por exemplo, como a UEG, que tem 19 mil alunos e 2.500 professores.