Em artigo na página de opinião de O Popular, nesta quarta-feira, o jornalista João Carlos de Faria divulga informações que não correspondem à verdade objetiva dos fatos, a respeito da crise do transporte coletivo.
Um jornalista mal informado gera quantos leitores ainda mais desinformados? E ainda mais escrevendo na página de opinião de um jornal importante como O Popular?
Veja o que João Carlos de Faria afirma no seu artigo: “Em Goiânia, por exemplo, após os protestos de entidades de classe e de estudantes, Procons e Ministério Público entraram na luta e conseguiram sensibilizar o juiz Fernando de Mello Xavier, da 1° Vara da Fazenda Pública Estadual de Goiânia, que concedeu liminar determinando o retorno da tarifa ao valor de R$ 2,70”.
Olha o tamanho do erro.
Quem entrou com a ação civil pública que suspendeu o aumento da tarifa do transporte coletiva não foram “os Procons”.
Foi o Procon estadual. O municipal ficou escondido debaixo da cama.
Erro número um.
E agora o erro número dois: o Ministério Público não teve participação na decisão da Justiça Estadual que cancelou o aumento da passagem.
Aliás, diga-se de passagem, o Ministério Público Estadual tem se notabilizado pela omissão extrema em relação à crise do transporte coletivo, prometendo ingressar com ações, mas nada fazendo de concreto, a não ser uma inspeção do promotor Murilo Miranda em alguns terminais, “de camiseta e tênis”, com posteriores “recomendações” para que uma e outra providência seja adotada, sem nenhum efeito prático.
Mesmo assim, em seu artigo, o jornalista João Carlos de Faria diz que “os Procons e o Ministério Público entraram na luta e conseguiram sensibilizar o juiz”.
Esse tá muito mal informado.
O que não seria problema se ele não estivesse mal informando milhares de leitores de O Popular.