Em entrevista ao programa Falando Francamente, da Rádio Mil, o presidente da Comurg, Paulo de Tarso (na foto), admitiu que a prefeitura de Goiânia recicla um percentual irrisório – para falar a verdade, ridículo – da montanha de lixo que a população produz diariamente na Capital: apenas 7%.
Este percentual, que já é baixo, ficou ainda menor nos meses de janeiro e fevereiro, quando houve um apagão de serviços na Comurg e a coleta regulamentar de lixo ficou escanteada por semanas. Para que Goiânia deixasse de parecer um aterro de enormes proporções, os poucos funcionários da coleta seletiva foram todos desviados de suas funções provisoriamente.
Para aumentar o quinhão de lixo que é reciclado em Goiânia, há duas saídas:
1) investir em educação ambiental, para que a triagem comece dentro das casas;
2) construir galpões de triagem, para que as cooperativas completem o trabalho de separação dos resíduos.
Agora reflita, leitor: você se lembra de alguma campanha educativa da prefeitura nos últimos anos?
Para erguer os galpões, o governo federal ofereceu R$ 1,2 milhão, mas o dinheiro só vai ser liberado quando a prefeitura liberar os terrenos. O problema é a que a administração municipal não faz a sua parte. Com dinheiro do mesmo convênio, Aparecida e Anápolis fizeram seus galpões e já os colocaram em funcionamento.
Difícil negar: prefeito que não cuida do lixo não quer saber de sustentabilidade. Assim as máscaras caem.