No dia em que completa 203 anos, o bairro mais antigo de Goiânia cobra atenção da prefeitura e pede socorro.
Campinas carece de intervenções administrativas modernas e arrojadas faz tempo. O ordenamento urbano no bairro é qualquer coisa que não mereça este nome.
A região é a principal fonte de impostos para prefeitura, mas a efervescência econômica de lá mostra a sua face tenebrosa, caótica, justamente porque o prefeito não investe no bairro o que arrecada.
O lado podre do progresso destrói Campinas dia após dia.
O amontoado de lojas e camelódromos expulsou as árvores e o verde do local. O calor é senegalês. O trânsito na Praça A é insuportável, intolerável. Ninguém se entende naquela torre de Babel. Não há pontualidade que resista aos congestionamentos da velha Campininha das Flores.
Não há estacionamento no bairro. Milhares e milhares de consumidores desistem de comprar nas lojas da avenida 24 de Outubro porque não conseguem parar o carro. É fato que merece reflexão: a concorrência com os shoppings já é desleal, e quando o poder público os abandona, vira covardia.
O prefeito Paulo Garcia (PT) perpetua uma prática que seus antecessores também perpetuaram: arrancam dinheiro do comércio – em forma de impostos – e não o devolve em investimentos e infraestrutura.
É assim desde que o ex-prefeito Iris Rezende transformou aquela vila no berço de Goiânia.