O conselheiro aposentado do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Eurico Barbosa, esconde essa condição ao se identificar no final do seu artigo publicado nesta sexta-feira no caderno de opinião do Diário da Manhã.
Eurico apresenta-se apenas como “escritor, membro da AGL e da Associação Nacional de Escritores, advogado e jornalista”.
Por que cargas d’água Eurico Barbosa, enriquecendo (ôpa…) dessa maneira o seu perfil, não acrescenta também a condição de conselheiro aposentado do TCE?
A resposta é simples. Por oportunismo, Eurico esconde um “detalhe” do seu currículo que descredencia totalmente a sua autodeclarada postura de árbitro da moral alheia, no caso os ataques que se especializou em fazer ao governador Marconi Perillo e ao PSDB.
Como conselheiro aposentado, Eurico recebe R$ 36.994,42 mensais – aliás, um supersalário que ultrapassa o teto constitucional. A informação está na lista oficial de funcionários, cargos e vencimentos divulgada pelo Tribunal de Contas (que foi obrigado pela Justiça) e postada na internet pelo Portal 730, do grupo da rádio 730.
Mas, tem mais um detalhezinho interessante: o filho de Eurico, de nome Eurico Barbosa Filho, também consta da lista, com um outro baita supersalário de R$ 17.987,62 – sem nunca ter prestado concurso. Eurico Filho ingressou no Tribunal de Contas do Estado pela porta dos fundos, arrastado pelo pai conselheiro.
Os dois, Eurico pai e Eurico filho, consomem por mês R$ 54 mil do seu, do meu, do nosso precioso dinheirinho público.
Moral para falar de quem quer que seja, portanto, Eurico Barbosa não tem.