O mesmo assunto – a possibilidade do governador Marconi Perillo disputar a reeleição no ano que vem – é abordado na edição desta segunda-feira, em O Popular, por duas colunistas: Karla Jaime, no Giro, e Fabiana Pulcineli, na Cena Política.
Mas com uma grande diferença: enquanto Karla foi à fonte e bebeu água limpa, entrevistando Marconi e publicando declarações suas aspadas, Fabiana meteu-se dizer o que ela, Fabiana, acha que Marconi deveria fazer do seu futuro político.
O artigo de Fabiana é uma floresta de espinhos opinativos, na base do “eu acho isso, eu acho aquilo”, “Marconi deveria fazer isso, Marconi deveria fazer aquilo”. O leitor que entra não consegue sair, ou seja, não chega a nenhuma conclusão.
As notas curtas de Karla, não. Metaforicamente, constituem uma lagoa de águas cristalinas, onde dá pra pular, enxergar o fundo e sair nadando.
Detalhe: Karla não é da área política de O Popular. Já Fabiana é. E estrelinha, conforme se pode apurar pelo tom pontificial (aproveitando a visita do papa) dos seus textos.
O artigo de Fabiana desinforma: afinal, quem se interessa pela opinião da jornalista em um assunto tão importante quanto a candidatura de um governador à reeleição. Melhor ficar com as informações concretas que Karla coloca na coluna Giro: Marconi dizendo que pretende cumprir seu mandato até o fim, mas reconhecendo que a retirada da sua postulação praticamente elege seu arqui-adversário. Iris Rezende. Daí… um pingo é letra.
Isso é jornalismo. Já a coluna Cena Política dessa segunda-feira é simples crônica.
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