O secretário de Comunicação da prefeitura de Goiânia, Edmilson Santos, e o promotor de justiça Fernando Krebs têm uma característica em comum: ambos têm o hábito de apontar falhas alheias, mas manifestam indisfarçado incômodo quando o dedo aponta para eles.
Krebs e Edmilson bateram boca neste sábado, pelo Twitter. Expuseram podres, um do outro. Krebs atacou a prefeitura – que paga o salário de Edmilson – pelos provimentos exorbitantes pagos a pelo menos 60 marajás, cujo contracheque supera o teto constitucional (conforme reportagem do jornal O Popular).
Edmilson, cuja paixão por Paulo Garcia é cega, revidou na mesma moeda e pisou no calo do Ministério Público, lembrando-o que Demóstenes Torres até hoje não foi afastado – apesar das provas contundentes de participação no esquema de Carlinhos Cachoeira.
“Prefeitura tem mais de 60 salários acima do teto, capa do Popular. Com tanto desperdício tem que aumentar o IPTU!”, disse Krebs. “Haja aumento de impostos para bancar tanto desperdício! E quem paga a conta é sempre o contribuinte! Até quando?”
Edmilson respondeu: “Uai, promotor: desperdícios garantidos por lei. O senhor já leu o Decreto do Prefeito determinando o corte Constitucional?”. O promotor rebateu afirmando que esse decreto devia ter sido assinado há muito mais tempo”. O cabo-de-chicote do prefeito concordou. “É. Poderia. Mas, ainda bem que fez agora, né?”
“O senhor, como bom entendedor da lei, poderia ajudar com sugestões – legais – para coibir esses abusos legais e históricos”, reclamou o secretário. A réplica foi dura. “O teto constitucional está previsto há muitos anos, não há nenhuma novidade. Cabe ao Poder Público controlá-lo através da PGM”.
“Sim. Todos estamos. É tarefa de todos não aceitar. Mas, é preciso reconhecer o que é feito também. E muito tem sido feito”. Edmilson lembrou que Paulo vetou reajuste do salário de vereadores e do próprio salário. “Muito precisa ser feito. Mas, as amarras da Lei estão aí. Veja o MP-GO que não consegue se livrar do Demóstenes”.
A verdade é que ambos saíram sangrando dessa discussão, mas quem saiu perdendo foi o povo goiano, outra vez feito de palhaço.