As ações do prefeito Paulo Garcia estão na contramão do discurso de que o município passa por dificuldades financeiras e precisa controlar os seus gastos.
É o que diz o jornalista João Lemes, um dos mais experimentados editores da equipe de O Popular. João assina artigo em que constrói elos entre dois diferentes assuntos abordados pelo jornal em que trabalha na última semana: a farra dos marajás, com seus supersalários, e as praças abandonadas de Goiânia.
O jornalista chama de “esdrúxula” a resposta do presidente da Comurg, Paulo de Tarso, aos questionamentos oriundos da farra dos marajás. “Ele diz que estão dentro da legalidade. Vale lembrar que quem faz a negociação salarial com as entidades representativas desses servidores é a própria Comurg e cabe aos seus dirigentes atuar para mudar essa situação na negociação dos acordos coletivos de trabalho”.
João lembra que os mais altos salários pagos pela prefeitura – todos eles acima do teto autorizado por lei – estão na Comurg, órgão que deveria zelar pela qualidade das praças na Capital.
“O projeto de revitalização da praça do Sol estava pronto e orçado em R$ 800 mil. Numa conta simples, com esses supersalários de 61 servidores, sobraria ainda R$ 1,5 milhão”, diz o artigo.
De acordo com dados do Portal da Transparência do município, só com o pagamento dos salários de quatro servidores com status de diretor foram consumidos, no mês de junho, mais de R$ 223 mil.