Essa é inédita na história das relações trabalhistas no Brasil: os funcionários da Comurg, inclusive os privilegiados com supersalários, dispõem de uma tolerância de uma hora e meia para atrasos.
Onde já se viu um absurdo desses?
Isso significa, por exemplo, que qualquer funcionário da Comurg pode sair para almoçar e voltar três horas e meia depois: duas horas para o almoço e mais uma hora e meia de tolerância antes de retornar ao serviço.
Advogados especialistas em Direito do Trabalho, ouvidos neste domingo pelo jornal O Popular, consideraram essa “vantagem” concedida aos funcionários da Comurg como uma “aberração”.
Olha o que diz o especialista em advocacia trabalhista, Rafael Lara Martins, em O Popular: “Diferentemente de qualquer trabalhador, os funcionários da Comurg têm tolerância de uma hora e meia para atraso, que é aceito inclusive no retorno do horário de almoço. Essa cláusula legaliza um intervalo de almoço de três horas e meia”.
Como se vê, os problemas da administração do prefeito Pauloo Garcia (PT) na Comurg estão longe de se restringir aos supersalários.