O ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel do Exército Mauro Cesar Barbosa, vulgo “coronel Cid”, está na mira da Polícia Federal e do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo reportagem publicada pelo portal Metrópoles, investigações apontaram que o militar estaria envolvido com o gerenciamento de uma espécie de caixa 2 dentro do Palácio do Planalto, durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
De acordo com o Metrópoles, a investigação descobriu um suposto caixa 2, que era alimentado por saques feitos a partir de cartões corporativos da Presidência e de transações oriundas de militares lotados em quartéis das Forças Armadas. Com dinheiro proveniente desse caixa informal, a PF encontrou pagamentos de faturas de um cartão de crédito que estava em nome de uma amiga próxima a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. As despesas também seriam de Michelle.
O caixa 2 funcionava de forma parecida ao caso das “rachadinhas”, envolvendo o senador Flávio Bolsonaro, filho do ex-presidente. Em ambas as situações, as investigações apontam para pagamentos em espécie e uso de funcionários de confiança nas operações.
Para além do valor sacado usando os cartões corporativos, há indícios de valores provenientes de saques feitos por outros militares ligados a Cid e lotados em quartéis de fora de Brasília que eram repassados ao tenente-coronel. Segundo o portal, os detalhes dessas transações ainda estão em sigilo.