Bolsonaristas tentam justificar os atos terroristas do dia 8 de janeiro como ‘vandalismo exagerado’, culpam a mídia pelo termo aplicado aos radicais e se apegam ao ‘pé da letra’ para afirmarem que aquilo que alarmou o mundo teria sido ‘apenas uma manifestação que fugiu do controle, assim como algumas do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) realizou no passado’, será mesmo?
O depoimento do terrorista bolsonarista Alan Diego dos Santos mostra que a ideia inicial do grupo que chegou a deixar bomba próxima a um caminhão de combustível em Brasília era colocar o artefato na área de embarque do Aeroporto JK.
Alan afirmou que a ala mais radical do bolsonarismo defendia o plano de “explodir coisas como solução para a intervenção militar”.
Alan afirmou que George Washignton de Oliveira Sousa, também preso, encomendou explosivos do Pará e fabricou a bomba colocada nos arredores do aeroporto. Durante a madrugada do dia 24 de dezembro o empresário teria entregue o material para Alan e ordenado “que o artefato fosse colocado dentro do aeroporto, na área de embarque”, seria uma tragédia.
Alan disse à PCDF que preferiu não seguir as ordens de George. Então, mudou o plano e, entre as 3h e às 4h da manhã da véspera de Natal, passou lentamente ao lado de um caminhão-tanque e colocou a caixa na traseira do veículo. Arrependido, ele disse que ‘a ficha caiu’, e por isso decidiu procurar um telefone público para comunicar a polícia sobre o artefato.
Pergunta aos bolsonaristas que defendem o terror: Isto é mero vandalismo exagerado ou terrorismo?
Cristiano Silva
G24H