O Popular publica nesta segunda-feira carta de um leitor de Goiânia indignado com a criação de cargos comissionados no Ministério Público Estadual.
“Depois dessa, não me chamem para sair às ruas em defesa das chamadas prerrogativas do MP”, desabafa João Batista Moraes Vieira.
Ele tece duras críticas ao projeto do Ministério Público Estadual, já aprovado em primeira votação na Assembleia Legislativa, que cria 127 cargos comissionados na instituição e distribui outras benesses aos seus membros.
“Mais do que ninguém o órgão deveria saber que os cargos comissionados são um mal para administração pública, porta de entrada para corrupção, servindo para acomodar os amigos e estimulando o nepotismo cruzado. Com que moral vai passar a cobrar dos outros poderes a obediência ao concurso público?”, pergunta o leitor de O Popular.
Leia a carta do leitor João Batista Moraes Vieira:
Comissionados
Nós estivemos juntos com o Ministério Público na campanha contra a PEC 37, e agora somos surpreendidos com a informação de que o órgão responsável pela vigilância da moralidade administrativa pretende criar cargos comissionados sem o democrático processo do concurso público. Depois dessa, não me chamem mais para sair às ruas em defesa das chamadas prerrogativas do MP.
Mais do que ninguém o órgão deveria saber que os cargos comissionados são um mal para administração pública, porta de entrada para corrupção, servindo para acomodar os amigos e estimulando o nepotismo cruzado. Com que moral vai passar a cobrar dos outros poderes a obediência ao concurso público? A sociedade goiana está desamparada, pois parece ter caído o último baluarte da moralidade. Senhor procurador-geral de Justiça, recupere a imagem e credibilidade da instituição remetendo outro projeto de lei criando cargos efetivos mediante preenchimento via concurso público. A sociedade agradece.
João Batista Moraes Vieira
Conjunto Sonho Verde – Goiânia
