Vanderlan Cardoso (PSD), não foi apenas íntimo de Bolsonaro, ele governou junto. Usando a igreja pulou literalmente para dentro do governo. Se agarrou firmemente as ideologias extremistas e foi a luta.
Por exemplo, em outubro do ano passado o senador e sua esposa, a missionária Izaura Cardoso, que é primeira suplente do senador eleito por Goiás Wilder Morais (PL), acompanharam a senadora Damares Alves (Republicanos) e Michelle Bolsonaro em um culto evangélico em Goiânia, aquele em que a ex-primeira-dama afirmou que a disputa no 2º turno era uma “guerra espiritual”.
Tem mais: Vanderlan questionou o processo eleitoral. Em suas redes sociais, no dia 12 de novembro, anunciou que assinou o pedido bolsonarista de investigação das urnas eletrônicas.
Quem via a relação pensava que o senador nutria profunda lealdade ao bolsonarismo. Quem colocou a mão no fogo, se queimou. Acabou o poder, acabou o amor.
Vanderlan Cardoso já apareceu elogiando o tratamento de Lula (PT) com o município de Senador Canedo e criticando a política de armas Jair Bolsonaro (PL). Aos poucos ele vai encostando. Dizem inclusive que votou em Rodrigo Pacheco (PSD) para presidente do Senado, enquanto sua mulher, Izaura, apoiava o candidato bolsonarista Rogério Marinho (PL). “Tática manjada, um em cada canoa. Assim nunca perdem”, disse um senador.
Por que Vanderlan Cardoso tenta se distanciar de Bolsonaro e se aproximar de Lula? Doces poderes. A senha é: Codevasf.
Abelardo Vaz, seu fiel escudeiro, comandou durante o governo Bolsonaro a superintendência da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) e até hoje se mantém no cargo. Caso raro de bolsonarista governando com o PT. Este é apenas um exemplo do que está por trás do senador Vanderlan Cardoso.