Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltaram a se organizar em grupos de WhatsApp, agora eles criaram supergrupos, cada um com alcance de 5 mil integrantes, para repetirem pautas antigas; como voto impresso e desconfiança das urnas. Há também um novo movimento em curso: a cobrança de ações em defesa dos presos após as invasões do Palácio do Planalto, do Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF). Os argumentos disseminados nas redes sociais já começaram a ser reproduzidos em discursos de deputados na Câmara.
Na tentativa de driblar a vigilância, um grupo de bolsonaristas mudou o nome para “Peladeiros” e outro para “Escritório”. Deputados e seguidores de Bolsonaro sustentam que a maioria dos 1,2 mil detidos após os atos radicais do dia 8 de janeiro é composta por inocentes.
Em Porto Alegre, por exemplo, eles pedem a soltura dos “inocentes” presos em Brasília, além de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para responsabilizar o governo do PT, na figura do ministro da Justiça, Flávio Dino, pelos atos terroristas. A alegação é a de que Dino teria conhecimento prévio do plano e facilitou a invasão dos prédios dos três Poderes. “Onde estão os direitos humanos?”, questiona um apoiador de Bolsonaro.