A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, defendeu nesta sexta-feira (24) a manutenção da desoneração dos combustíveis, que termina na próxima semana. O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, por sua vez, conta com o retorno da tributação.
Segundo a deputada, antes de suspender a medida é preciso definir uma nova política de preços para a Petrobras.
Por volta das 15h30, os papéis preferenciais da estatal recuavam 1,39%, a R$ 26,18, perto da mínima do dia, de R$ 26,10, atingida minutos depois da publicação de Hoffmann no Twitter.
A deputada declarou: “Antes de falar em retomar tributos sobre combustíveis, é preciso definir uma nova política de preços para a Petrobras. Isso será possível a partir de abril. A tal PPI sempre foi inflacionária e só favorece a indecente distribuição de lucros e dividendos da Petrobras. Isso também tem de mudar”, escreveu.
O Ministério da Fazenda não discute qualquer ação que não seja a reoneração integral a partir de março para gasolina, álcool, querosene de aviação e gás natural veicular, conforme previsto na medida provisória em vigor.
A bomba relógio está no colo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Se voltar a cobrar os impostos dos combustíveis, a população vai reagir.
O Sindicombustíveis, entidade que representa os postos, alerta que, caso não haja prorrogação, o preço da gasolina pode subir R$ 0,69 centavos por litro.
Gleisi Hoffmann bateu na tecla: taxar combustíveis agora é “descumprir compromisso de campanha”.
O presidente Lula se reuniu com o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, para discutir uma nova política de preços dos combustíveis para a estatal. Embora a pauta do encontro não tenha sido divulgada, é esperado que os dois tenham discutido a questão da desoneração.