O Ministério Público do Paraná, com apoio do Gaeco, deflagrou a Operação Claquete, que apura possíveis crimes de corrupção, fraude em licitações e falsidade ideológica eleitoral supostamente praticados por candidaturas em campanhas eleitorais de 2014, 2016 e 2018.
Entre os investigados está o ex-secretário estadual e municipal (Prefeitura de Curitiba) Marcelo Catani, que na última eleição fez a campanha do ex-juiz federal Sergio Moro ao Senado.
O Blog do Esmael relatou detalhes da Operação, mantida em segredo de justiça. Leia a íntegra o relato de um informante do jornalista:
A operação tem tudo a ver com sexo, drogas, propina e, pasmem, videotape! Sim, parece que alguns publicitários envolvidos no esquema costumavam filmar as sacanagens. Aparentemente, a ideia era usar as imagens em campanhas eleitorais para causar impacto no eleitorado. Parece que a criatividade não tem limites.
Também há suspeitas de que algumas agências estariam oferecendo serviços superfaturados para favorecer campanhas políticas, com o objetivo de repassar parte do dinheiro para políticos e partidos. Essa prática, conhecida como caixa 2, é proibida pela legislação eleitoral e pode render sérios problemas para quem for pego. Além disso, a força-tarefa Gaeco/Jutiça Eleitoral ainda estaria fazendo um pente-fino nos aditivos contratuais, que é quando um contrato é adiado para não enfrentar uma nova licitação.
O fato de um ex-secretário do estado do Paraná estar entre os investigados pode causar ainda mais preocupação para alguns políticos e personalidades da “República de Curitiba”, haja vista um dos implicados ser o principal marqueteiro do ex-juiz e senador Sergio Moro (União-PR).
Será que o ex-juiz também teria se envolvido em esquemas escusos de financiamento de campanha? Tem gente mais graúda investigada pelo Gaeco e pela justiça eleitoral? Só o levantamento do sigilo imposto pela justiça eleitoral poderá nos dizer com toda a sinceridade o que rolou debaixo desses lençóis.
Sabe-se que o interesse dos investigadores recai sobre contratos de agências de publicidade no governo do Paraná e na Prefeitura de Curitiba, locais por onde passou o principal estrategista eleitoral de Sergio Moro.
Por enquanto, o que se sabe é que a Operação Claquete está longe de acabar. As autoridades continuam investigando as denúncias e podem surgir novas informações a qualquer momento. O que é certo é que, se as acusações se confirmarem, teremos um escândalo de corrupção envolvendo o mercado publicitário e político no Paraná com proporções dantescas, nacionais. Resta-nos torcer para que a justiça retire esse segredo. E quem sabe a produção de filmes dos publicitários envolvidos possa render uma boa comédia para amenizar a situação.