Uma maquiagem para enganar a vistoria do Conselho Nacional de Justiça. Segundo um especialista, essa foi a atitude do governo Caiado ao ver que as denúncias de maus tratos e torturas nas unidade e presídios de Goiás seriam apuradas pelo CNJ.
Hoje Goiás conta com 88 estabelecimentos prisionais ativos no Cadastro Nacional de Inspeções em Estabelecimentos Prisionais (CNIEP). Destes, 19 foram selecionados para a realização de inspeções, com base nos critérios de diversidade de tipo do estabelecimento prisional – considerando gênero e tipo de prisão; condição processual dos internos, superpopulação e região; registro de obstáculos com relação ao contato externo: visitas sociais, acesso aos advogados, acesso a religiosos e organização da sociedade civil; registro de denúncias de tortura ou outros tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes; e viabilidade logística.
O item 18 do relatório diz que o Conselho Nacional de Justiça apurou que dias antes das vistorias “houve distribuição de colchões, novos uniformes e filtros de água, antes inexistentes ou em péssimo estado de conservação e que no geral, as celas, superocupadas, não possuem ventilação cruzada, são escuras e não possuem energia elétrica.