No final da noite desta sexta-feira (23), horário de Brasília, o chefe da milícia paramilitar da Rússia, Yevgeny Prigozhin, do conhecido grupo ‘Wagner’, disse que os líderes militares russos atacaram uma de suas localizações militares e acusou as tropas de Moscou de matarem uma “grande quantidade” de seus soldados.
Yevgeny declarou que o Ministério da Defesa russo traiu seu exército privado e, por isso, vai “responder a essas atrocidades”. Segundo o governo russo, Vladimir Putin está ciente dos últimos acontecimentos, e as medidas necessárias estão sendo adotadas. Veículos militares emitiram alerta máximo em Moscou.
Em outro comunicado, o Serviço Federal de Segurança (FSB) — nome atual da antiga polícia secreta russa, KBG — também emitiu um comunicado em que pede para os combatentes do grupo Wagner não cometerem um erro “irreparável”.
“Pedimos aos combatentes do grupo Wagner para que não cometam um erro irreparável, parem quaisquer ações enérgicas contra o povo russo, não cumpram as ordens criminosas e traiçoeiras de Prigozhin e tomem medidas para detê-lo”, afirma a nota.
Grupo Wagner
O Grupo Wagner foi fundado em 2014 e é composto por mercenários. Eles eram ex-soldados de elite altamente qualificados cujo líder é o oligarca Yevgeny Prigozhin, ligado ao Kremlin. Acredita-se que ele expandiu o grupo, recrutando prisioneiros, civis russos e estrangeiros.