terça-feira , 5 novembro 2024
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Nelto e Gayer trocam acusações em debate quente e histórico no Papo de Garagem

Os deputados federais José Nelto (PP) e Gustavo Gayer (PL) debateram durante mais de 2 horas nesta segunda-feira (3), numa edição histórica do podcast Papo de Garagem, em Anápolis.  José Nelto insistiu em insultos como ‘lacrador’ e ‘extremista’ e acusou o colega de Câmara de dirigir alcoolizado num acidente que terminou com a morte de três pessoas, em 2005.

Gayer, por sua vez, classificou Nelto como um representante da ‘velha política com botox’ e lembrou a condenação do colega em um processo eleitoral que apurou compra de votos. O deputado bolsonarista ainda acusou seu oponente de agredir verbalmente seguidoras de suas rede sociais. O parlamentar prometeu publicar prints em suas redes sociais das ofensas praticadas.

Os dois primeiros blocos renderam vários ataques e alcunhas. Gayer foi chamado de ‘tchutchuca do Valdemar’, em referência ao presidente do PL, partido de Gayer, Valdemar da Costa Neto. Nelto apontou incoerência do posicionamento do adversário, que se posicionou contra a ‘velha política’, se filiar ao partido comandado por uma figura conhecida do Centrão.

Nelto ainda insinuou que Gayer cometeu crime de caixa 2 durante sua campanha, depois de o deputado do PL afirmar que não usou dinheiro do fundo eleitoral. “Pode destilar seu veneno, suas fake news”, respondeu Gayer.

Em seguida, o pepista disse que Gayer “recebeu milhões com a morte de pessoas na pandemia”, citando um levantamento de que o deputado do PL foi um dos maiores propagadores de desinformação durante o período mais grave da Covid-19 no Brasil.

Ataques predominam

Os ataques voltaram com força nos dois últimos blocos. No fim de um deles, Nelto usou a associação com o botox e disse: “Eu uso botox, mas não uso drogas”. Em seguida, lembrou de um caso em que Gayer foi encontrado na direção de um veículo com maconha, em Goianápolis.

O bolsonarista admitiu que, quando jovem, era usuário de maconha e justificou: “Em 2005, quando tinha 25 anos, meu carro foi parado pela polícia e acharam uma bituca de maconha no meu carro. O cara do meu lado jogou no carro. Fui de esquerda, usava maconha”, disse.

Em seguida, Gayer não deixou barato e mostrou um print no qual Nelto usou uma palavra de baixo calão para responder uma internauta que o questionou sobre o posicionamento dele na CPMI dos Atos Golpistas. “O senhor xinga mulheres nas redes sociais”, disse.

Beijo e processo

Na reta final, o deputado Zé Nelto lembrou das declarações de Gayer na semana passada, avaliada como racistas, e beijou o jornalista Michael Felix, um dos integrantes da mesa. O bolsonarista o acusou de usar uma pessoa para ‘uma plataforma’. “Agiu de uma forma podre e nem percebe”, definiu Gayer.

Gayer ainda disse que sua fala foi distorcida. “Eu disse que quanto mais burro, mais fácil pra ditadura se manter no poder. A imprensa cortou a parte que falei da miséria e subnutrição. Em momento algum, a cor da pele foi mencionada. Mas você usa uma pessoa pela cor da pele. É deprimente”, finalizou.

O deputado do PL ainda entregou nas mãos de Nelto um processo pelas declarações na edição anterior de Papo de Garagem, quando o pepista chamou Gayer de nazista e fascista. A edição desta segunda-feira do podcast está disponível na íntegra no YouTube.

 

 

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