No dia 23 de junho de 2021 Fábio Escobar, de 38 anos de idade, foi brutalmente assassinado com três tiros a queima-roupa no setor Jamil Miguel em Anápolis. Ele era ex-coordenador da campanha eleitoral de Caiado em 2018 em sua cidade.
Quando o Caiado assumiu o governo, Fábio denunciou um esquema de caixa dois, falsidade ideológica e formação de quadrilha, durante o período eleitoral e no Estado em 2019. Desde então, segundo a família, ele ficou marcado para morrer.
A narrativa para a morte de Fábio Escobar custou caro. No total 7 pessoas, que não tinham nada haver com a história, também foram assassinadas, entre eles uma mulher grávida de 7 meses. Dez policiais militares, suspeitos de comporem um milícia que movimentou mais de R$ 11 milhões neste período, foram presos na última semana. Eles foram apontados como executores.
Chacina
Bruna Vitória Tavares, de 19 anos, teve o celular roubado enquanto estava em um motel com o namorado. O policial que invadiu a suíte torturou o homem, que tinha envolvimento com o tráfico de drogas.
No dia 1 de junho de 2021, o celular de Bruna foi usado para atrair Fábio Escobar para a cena do crime. Ele era representante comercial de uma lavanderia de hospitais em Anápolis, e foi chamado para conhecer uma oportunidade de negócio, onde poderia comprar sua própria lavanderia em ótimas condições. No caminho foi morto. Bruna registrou um boletim de ocorrência sobre o roubo de seu celular.
No dia 23 de agosto, seis policiais entraram em ‘confronto’ com três rapazes, apontados como traficantes. Eles foram mortos e uma arma foi desviada.
Quatro horas depois Bruna, que estava grávida de 7 meses, foi morta a tiros em Anápolis. O companheiro reconheceu um dos atiradores, o mesmo policial que roubou o telefone.
No dia 19 de janeiro de 2022 outros três rapazes foram torturados até a morte para contarem onde estava o namorado de Bruna.
Todos foram mortos para que a narrativa dos milicianos sobre a morte de Fábio Escobar tivesse algo haver com o tráfico de drogas. Anteriormente, o ex-coordenador da campanha de Caiado havia gravado um vídeo informando que tinha encontrado uma ficha de traficante dele na polícia, sem nunca ter se envolvido com qualquer tipo de ação.
O G24H entrevistou o pai de Fábio, José Escobar. Ele atribui o assassinato do filho a campanha e Ronaldo Caiado.
Veja no vídeo abaixo;