Válney Luís da Rocha, diretor geral da Organização Social AGIR, que faz a gestão do Centro Estadual de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (Crer), disse em audiência pública na Assembleia Legislativa na última quarta (4) que está encurtando o prazo para atendimento de pacientes que estão em tratamento de reabilitação: “nós reconhecemos. Vai ter dificuldade sim. Já reivindicamos isso na secretária de Saúde, precisamos abrir um ambulatório de retorno. Impossível fazer. Vai chegar um momento que essa bolha vai explodir”, disse ao jogar a batata quente na mão do governo Caiado.
Curioso, no governo Marconi Perillo isso nunca aconteceu. Por que? Com a palavra, o senhor governador.
Pelo que tudo indica, a AGIR, que fatura uma bolada mensal de quase R$ 20 milhões por mês, está usando a situação para colocar a faca no pescoço do governo por mais dinheiro. Mas será que este é realmente o problema? Basta conferir o faturamento mensal da AGIR em todas as unidades que atua em Goiás para ver que o problema no caso está mais para incompetência.
Quem é Válney Luiz?
Válney entende de negócios com o governo Caiado. Está no núcleo duro da AGIR, OS bilionária, dona do maior número de contratos com a Secretaria de Saúde do Estado. No ramo privado é sócio do poderoso chefão da Organização Social, Sérgio Daher, no Hospital dos Acidentados.
Válney também é diretor de contratos e convênios da Associação de Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás, AHPACEG, que por sua vez foi contemplada com um chamamento, sem licitação, para cuidar da maior fila de Cirurgias Eletivas do Brasil, valor da brincadeira: R$ 40 milhões de reais, retirados dos cofres públicos de Goiás.
Resultado? Igual ao do CRER, pagamos caro por pouca solução. As cartas estão na mesa, é o mesmo grupo, mesmas pessoas, o mesmo cartel, cada vez mais rico. A turma do Válney, do Daher, do Paulo Vencio e do Maurício Prudente. É só dar um Google.