Na última quarta-feira (11) o Poder Judiciário de Goiás acatou a solicitação da juíza do caso Fábio Escobar e instaurou o Colegiado de magistrados para julgar os suspeitos pela morte do ex-coordenador de campanha de Ronaldo Caiado (UB) em Anápolis e mais 7 pessoas, entre elas uma grávida de sete meses.
Dez policiais militares estão presos como suspeitos de serem os executores dos crimes, descritos na decisão como “organização criminosa”. A juíza recorreu a lei 12.694/2012, que dispõe sobre o Julgamento Colegiado, pois existem, conforme descreveu, indícios de riscos pessoais. Mais dois juízes serão sorteados para junto com ela julgarem os criminosos. Uma pergunta continua sem resposta: “quem mandou matar Fábio Escobar?”
Família acusa governo Caiado
Fábio Escobar foi coordenador da campanha eleitoral de Caiado em Anápolis em 2018. No dia 23 de junho de 2021 ele foi brutalmente assassinado em uma emboscada, após denunciar corrupção do governo, lavagem de dinheiro e caixa 2 tanto na campanha como no governo. O ex-presidente do Democratas de Anápolis e diretor da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Goiás (Codego) acabou preso em uma Operação que apurava corrupção passiva e ativa.
O processo corre em segredo de justiça. José Escobar, pai de Fábio acredita que este é um crime político. Em uma entrevista ao Goiás24horas, ele comentou sobre uma conversa pelo WhatsApp entre seu filho e o governador Ronaldo Caiado (UB) meses antes de ser morto, onde ele dizia que pela primeira vez estava com medo, que queria cuidar de sua família. Depois escreveu: “diz isso para o Jorge Caiado”.
Em outra mensagem, enviada para a esposa, Escobar escreveu que “Caiado tinha perdido a paciência” e que estaria apenas esperando um deslize dele.