Na manhã desta terça-feira (17) a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, conversou com José Escobar, pai do ex-coordenador de campanha de Ronaldo Caiado (UB) em Anápolis em 2018, Fábio Escobar, de 38 anos, morto em uma emboscada no dia 23 de junho de 2021. A família acusa o governo Caiado, já que após a eleição, Fábio rompeu com o governador e começou a denunciar corrupção e caixa 2 no governo. Dez policiais militares estão presos como executores.
A vereadora Aava Santiago (PSDB), o deputado estadual Mauro Rubem (PT) e a deputada federal Adriana Accorsi (PT), participaram do encontro. Ao entregar um ofício solicitando uma audiência com mais dois ministros; de justiça, Flávio Dino, e de Direitos Humanos, Silvio Luiz de Almeida, José Escobar informou que precisa de proteção, pois teme ser perseguido e morto assim como aconteceu com seu filho. “Essa família Caiado tem as mãos sujas de sangue, preciso muito da sua ajuda, ministra”, pediu com os olhos marejados.
A ministra Anielle ouviu atentamente, abraçou José Escobar e disse: “sofremos da mesma dor. É um absurdo saber de mais um crime político. Conte comigo”.
A vereadora Marielle Franco, irmã da ministra Anielle, foi assassinada covardemente no dia 18 de março de 2018 no Rio de Janeiro. A família dela espera por justiça. O caso ganhou repercussão internacional e se parece muito com o de Fábio Escobar.
O deputado Mauro Rubem destacou que agora é o momento de cobrar por justiça: “temos que movimentar as Comissões de Direitos Humanos e dar proteção ao José Escobar. Este crime político precisa ser desvendado e os mandantes punidos”, disse durante a conversa.