domingo , 21 julho 2024
Goiânia

Alô, Paulo Garcia, Tribuna do Planalto revela professores do município ameaçam greve geral

Veja matéria do Tribuna do Planalto:

 

Educadores da rede municipal ameaçam decretar greve geral

Liderada por sindicato paralelo, categoria acena com paralisação. Assembleia será na terça-feira (24)

Mariana Vaz

Editoria de educação

A movimentação na última semana entre os professores da rede municipal de Educa­ção de Goiânia (RME) levou à convocação de uma assembleia que será realizada nesta terça-feira, 24, às 8 horas, em frente à Catedral Metropolitana, no Centro.

Estão na pauta dos profissionais temas como o Plano de Carreira e a negociação do Difícil Acesso. Segundo o Sindicato Municipal dos Ser­vidores da Educação de Goiânia (Simsed), a pauta da reunião será “enxuta”, abordando com mais ênfase a questão do Difícil Acesso, benefício dado aos professores que trabalham em escolas distantes tanto de suas casas quanto de outras escolas, nos casos de jornada dupla.

Segundo Hugo Alves Rin­con, coordenador de Comu­nicação do Simsed e professor de Educação Física na rede municipal de ensino, essa ajuda de custo abrange cerca de 40% dos servidores e pode sofrer alterações que prejudicariam o educador. “O Ministério Público de Goiás questionou os critérios da Secretaria Municipal de Educação para conceder o benefício. Para ‘resolver’, eles mudaram o nome para ‘benefício de deslocamento’ e agora querem reduzir os valores”, explica.

Um profissional da educação com 30 horas/aula recebe atualmente, conforme Rincon, R$320 mensais. Pela proposta enviada à Câmara Municipal de Goiânia, esse valor cairia para R$200. “O Difícil Acesso só pode ser mudado com uma alteração no Estatuto do Magistério e, em nenhum momento, a categoria foi ouvida sobre uma possível alteração em seu próprio estatuto. Esse não é ponto principal das nossas reivindicações, mas com certeza foi a gota d’água após uma série de direitos que foram gradativamente retirados, sem que fôssemos consultados”, enfatiza Rincon.

Falta de diálogo
Em nota, a SME afirma que “segundo os parâmetros atuais, somente tem direito [ao Difícil Acesso], o professor que, durante o deslocamento até o local de trabalho, comprove a utilização de mais de uma passagem ou, em condução própria, percorra distância que implicaria no gasto de duas viagens do transporte coletivo”, o que representaria apenas 4,75% daqueles que pleitearam o benefício.

Na última quinta-feira, 19, seria votado o PL (projeto de lei) que faria essas alterações. Impulsionados pela pauta, os educadores da rede municipal fizeram uma primeira paralisação no mesmo dia, com possibilidade de greve.

Durante a assembleia, ficou deliberado a não paralisação das atividades de imediato, na tentativa de buscar uma maior mobilização, além de um possível acordo com o poder Executivo.

Mas a negociação não veio. “Durante a tarde, convocamos um pequeno grupo para participar de uma reunião com a secretária Neyde Aparecida, mas ela não compareceu!”, reclama Rincon, concluindo que, após a tentativa frustrada, a greve é algo quase inevitável.

“Muitos votaram pela greve na quinta-feira. Quem não votou, o fez na esperança de ser pelo menos ouvido. Quando todos ficaram sabendo que não seríamos recebidos, ficaram ainda mais indignados. As chances de se ter uma paralisação total são grandes, levando-se em conta que cerca de 60% das escolas pararam na última quinta”, alerta o educador.

Para educadores como Mariana Teodoro de Teles, que participou das últimas assembleias promovidas pelo Simsed, a paralisação é “a última saída”. “Os professores adiaram esse momento o quanto puderam. A nossa vontade não é entrar de greve, mas sem diálogo algum é o único instrumento que nos resta”, lamenta ela, que será uma das profissionais prejudicadas caso o PL do Difícil Acesso seja a­pro­vado pelos vereadores.

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