sexta-feira , 17 maio 2024
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“O silêncio covarde de Caiado sobre a morte do meu filho, Fábio Escobar, implica que ele é culpado”, diz José Escobar

Caiado está calado. Acuado. Nunca comentou nada sobre a morte de Fábio Escobar, covardemente assassinado em uma emboscada no dia 23 de junho de 2021. Motivo: as investigações apontam para crime político.

Fábio e Cacai trabalharam juntos na coordenação da campanha de Caiado em Anápolis. Em 2019 os dois se desentenderam, Escobar denunciou que Carlos Toledo havia desviado dinheiro doado por empresários para a campanha eleitoral.

Após romper com o grupo de Caiado em 2019, Fábio passou a denunciar um esquema de corrupção do governo dentro da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Goiás (Codego), e em 2020 o então diretor administrativo e ex-presidente do DEM de Anápolis, Carlos César Savastano de Toledo, o Cacai Toledo, foi preso.

Desde então Fábio Escobar ficou marcado para morrer. Em uma mensagem pelo WhatsApp enviada a sua esposa, ele disse que estava sendo perseguido e que Caiado tinha perdido a paciência. Ele também mandou um recado para o telefone do próprio governador registrando que estava com medo e que queria ficar vivo para cuidar de sua família. Que Caiado comunicasse isso ao primo, Jorge Caiado. Tido por muitos como “perigoso, vingativo e violento”.

Dez policiais militares, suspeitos de comporem uma milícia que movimentou mais de R$ 11 milhões neste período, foram presos e apontados como executores do crime. Para criar uma narrativa que justificasse o falso envolvimento de Fábio com o tráfico de drogas, os milicianos mataram mais 7 pessoas, que não tinham nada haver com a história, também foram assassinadas, entre elas uma grávida de 7 meses.

Ontem (16), a justiça decretou a prisão preventiva de Cacai Toledo, tido como membro da família de Caiado. Estranhamente, ele está no Canadá. Ninguém sabe dizer quando foi, nem quando vai voltar. Caiado está calado. Não é o mesmo que gravou o vídeo contra o desembargador Adriano Roberto Linhares. “O silêncio covarde de Caiado, implica que ele também é culpado. Ele e um pequeno grupo da polícia dele, como ele mesmo diz. Mas na verdade milicianos”, diz José Escobar, pai de Fábio.

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