quinta-feira , 26 dezembro 2024
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(Caso Escobar) Coronel Benito Franco desmascara Jorge Caiado: “falsa identidade de aposentado da PF”

O nome de Jorge Caiado, primo do governador, aparece na cena do crime que matou o ex-coordenador da campanha de Caiado de 2019 em Anápolis, Fábio Escobar e mais 7 pessoas.

Após romper com o governo e denunciar corrupção, Fábio foi morto a tiros em uma emboscada em 2021. Dez policiais foram presos e 6 tiveram prisão convertida em preventiva.

O ex-presidente do DEM de Anápolis, Cacai Toledo, intimo da família Caiado, foi apontado pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas como mandante e encontra-se foragido. É aí que surge Jorge Caiado na cena do crime.

Segredos revelados

Cacai foi preso em 2020 na Operação Negociatas, por suspeita de maracutaia na Companhia de Desenvolvimento Econômico de Goiás, onde ocupava um cargo dado por Caiado. Na ocasião celular dele foi apreendido. Ao buscar o telefone a policia viu que o aparelho está recheado de pedidos para policiais “perseguirem, grampearem e espancarem” Fábio Escobar.

Um dos militares procurados por Cacai foi o Coronel Benito Franco, ex-comandante da Rotam. Ouvido na Draco, Benito informou que Jorge Caiado, primo do governador, teria levado Cacai para a “empreitada”, mas como não é pistoleiro, mandou eles saírem. Cacai teria dito que “só matando Fábio” para acabar com o problema das críticas ao governador.

Jorge Caiado não gostou de ter seu nome revelado no esquema e partiu para cima de Benito em entrevista ao jornal O Popular, na sexta (17), aliás, dando carteirada de Policial Federal aposentado. Ocorre que não existe nenhum registro dele como servidor da PF no portal de transparência do governo federal.

Jorge Caiado chegou a dizer que era premiado por prender traficantes. Em uma carta resposta, Benito Franco desmascarou o primo do governador, por “falsa identidade”, querendo se apresentar sendo o que nunca foi.

As ‘bigodezas’ de Jorge Caiado, como descreveu Benito, são apresentadas na carta como criminosas como ‘tráfico de influência (artigo 332) e falsa identidade (artigo 307)’.

Segundo uma fonte, outro coronel da PM está disposto a falar em juízo e revelar mais nomes além de Cacai Toledo e Jorge Caiado, que estariam por trás dessa trama sanguinária.

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