Prepare o seu bolso. Em 2023 o Agro foi taxado, agora chegou a vez de cobrar do povo. O projeto do governador Ronaldo Caiado (UB) que aumenta a alíquota modal do ICMS em Goiás de 17% para 19% foi aprovado em primeira votação nesta terça-feira (5) na Assembleia Legislativa.
O deputado Paulo Cezar Martins (PL) voltou a tecer críticas sobre a medida: “Caiado dá um remédio amargo ao aumentar impostos aqui. O Parlamento tem 41 deputados. Aqui é o lugar de construção de tudo e a sociedade está começando a observar isso. Estamos chegando a um ponto em que precisamos entender que essa Casa não pode viver agachada”, disse.
Major Araújo (PL) disse que o aumento de tributos não significa aumento de arrecadação, mas, sim, aumento de inflação, porque o acréscimo na alíquota vai incidir nos preços, que vão aumentar, o que, para ele, vai gerar mais fome e desemprego. “A pessoa vai ter menos para consumir com alimento, com vestuário, com suas despesas essenciais. Penaliza quem consome todo seu salário, aquele que ganha um salário mínimo, menos de um mínimo, dois salários mínimos, esses consomem todo seu salário com produtos para sua sobrevivência”.
Clécio Alves (Republicanos) manifestou seu descontentamento com a matéria, pois, segundo ele, o aumento de tributos não significa aumento de arrecadação. “Ano passado mesmo, o Governo reduziu o ICMS e arrecadou a mais, de R$ 33 bilhões para R$ 38 bilhões. O governo de São Paulo mesmo retirou esse aumento de pauta. Isso é ruim para Goiás”, concluiu.
Delegado Eduardo Prado (PL) afirmou que o governo Caiado está errando e que os empresários vão sofrer com o aumento: “vivenciamos a pós-pandemia, na qual mais de 6.000 lojistas fecharam as portas de seus negócios na Capital. É um erro achar que o aumento de tributo gera maior arrecadação. Pelo contrário, o aumento de tributo gera, não raras vezes, perda de arrecadação e não declaração de impostos”, disse.
O painel registrou a aprovação em primeiro turno do projeto de Caiado, que vai aumentar impostos em Goiás, com 27 votos a favor e 10 contrários. Veja mais na reportagem de Rodrigo Alves, abaixo;
