terça-feira , 5 novembro 2024
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Família de jovem morto por policiais durante abordagem clama por justiça, defesa pede desarquivamento do inquérito

No dia 22 novembro de 2022 Hermes Junio de Oliveira, de 26 anos, foi buscar o pai e a mãe dele em um galpão de reciclagens próximo ao Cepaigo, Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, onde trabalhava. A família foi surpreendida com a chegada dos policiais. Durante a abordagem eles mataram Hermes com um tiro na cabeça. Ele era casado e deixou uma filha de 11 meses.

A hora que estávamos saindo, eu vi um farol e ele [policial penal] gritou: ‘Para, senão eu atiro’. E já começou a atirar em nós. Acertou a cabeça do meu filho, machucou o meu rosto perto do meu olho e a minha esposa”, contou o pai do jovem, senhor Hermes José.

Em março desse ano o Ministério Público pediu à Justiça o arquivamento do inquérito policial que indiciou os quatro policiais penais. O promotor Marco Marcolino dos Santos Júnior afirmou que os policiais penais têm autonomia para fazer abordagens, que agiram de forma correta e que não houve intenção de matar o jovem, mas apenas “falta de habilidade técnica”.

Os advogados da família de Hermes pediram o desarquivamento do inquérito, afirmam que a manifestação do promotor de justiça Marco Marcolino foi equivocada por levar em conta apenas a versão apresentada pelos policiais penais e não a das testemunhas que estavam junto com Hermes e as provas levantadas pela Polícia Técnico Científica. Amigos e familiares de Hermes Junior clamam por justiça.

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