Uma carta curta, mas dura em seus termos, resume hoje em O Popular a visão dos professores da rede municipal de Goiânia, que estão em greve por melhores salários e condições adequadas de trabalho, sobre a atuação do Sintego – o sindicato dos professores goianos.
“No caso de Goiânia, administrada pelo petista Paulo Garcia, o sindicato nos ignora”, lamenta a professora Maria Laura de Oliveira, que mora no setor Bueno. Ele menciona o artigo publicado também em O Popular, há poucos dias, assinado pela tesoureira do Sintego, Bia de Lima. Em pleno movimento grevista dos mestres municipais, o artigo não faz referência à paralisação e se perde em considerações genéricas sobre o piso salarial nacional da categoria.
“Não falou uma sílaba em defesa dos professores. Não escreveu uma linha a nosso favor, citando as nossas reivindicações”, aponta a professora Maria Laura.
Veja a íntegra da carta da professora Maria Laura de Oliveira:
Greve dos professores
Desperdício. Talvez seja esta a melhor palavra para definir o artigo da presidente da Central Única dos Trabalhadores no Estado de Goiás (CUT-GO) e tesoureira do Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado de Goiás (Sintego), Bia de Lima. Ela conseguiu desperdiçar um espaço tão nobre no POPULAR, como este em que são publicados os artigos, abordando o tema do piso salarial dos professores.
O tema em si é mais do que relevante e sempre deve estar na pauta de discussões. O problema foi a clara intenção de desviar o foco da greve dos professores da rede municipal em Goiânia e a sua omissão como dirigente sindical neste processo. Não falou uma sílaba em defesa dos professores. Não escreveu uma linha a nosso favor, citando as nossas reivindicações. E tal silêncio fez, definitivamente, com que o tiro saísse pela culatra. Afinal, agindo desta forma, deixou claro ligação com as gestões do PT. Ou seja, no caso de Goiânia, administrada pelo petista Paulo Garcia, o sindicato nos ignora.
Maria Laura de Oliveira
Setor Bueno – Goiânia